segunda-feira, 30 de abril de 2012

O Céu que nos preocupa


Vamos falar um pouco sobre as tempestades solares, que repercutiram nos noticiários nos últimos meses e estiveram preocupando os sistemas de comunicação terrestre, assim como foi focalizando a atenção dos astrônomos de plantão para o nosso astro-rei.

Em síntese, o Sol é um a estrela composta basicamente de gás (em sua maioria de hidrogênio e hélio), que se localiza no centro do sistema solar, onde, todos os outros corpos celestes (de planetas a asteroides passando por satélites) do sistema transladam ao seu redor. Em seu interior, ocorre uma intensa atividade nuclear, chamada de fusão termonuclear. Esse processo é, basicamente, fundir núcleos de átomos leves para produzir núcleos mais pesados, com isso, parte da massa é convertida em energia, segundo a equação de massa-energia E= mc² de Albert Einstein. Desta reação provém toda a gama energética do Sol.

O Sol é composto de várias camadas, foquemos na camada superior, a coroa solar. Ela é um invólucro luminoso formado por um plasma (com um gás super energizado) de elevada temperatura. Desta camada provêm o vento solar, que é um fluxo contínuo de partículas carregadas que influem no clima terrestre.





Fig.1.1- ilustração da estrutura solar.                                                Fig 1.2- E imagem da superfície solar


Já a Terra possui um escudo magnético que a protege destes choques energéticos. Esse escudo chama-se Cinturões de Van Allen (não confunda com a banda de rock americana Van Halen – mas essa banda é maneira! - pow cala-a-boca e continue o texto. É verdade!). Esse formado pelas linhas de indução magnética terrestre que vai de polo a polo, curvando-se sobre si. E devido à curvatura das linhas de indução nos polos, nessas regiões formam-se “funis” de entrada de partículas, onde, ao deslizarem em massa para dentro destes funis (deflexão), produzem as auroras boreais.




Fig. 1.3: À esquerda, ilustração dos Cinturões de Van Allen; à direita, aurora boreal.


Então qual é a aflição?

No momento em quem ocorrem as explosões na superfície do sol, aumenta a emissão de radiação e a densidade de particulados carregados, propiciando tempestades magnéticas. Essas tempestades causam na Terra interferências eletromagnéticas podendo causar diferentes danos elétricos, como ondas de descarga elétrica nos cabos de transmissão de força, causando: curtos-circuitos, queima de equipamentos, panes em sistemas elétricos e redes de distribuição de energia, prejudicando circuitos integrados, computadores de bordo, satélites, foguetes, etc.

De olho nos céus, e até a próxima

Nenhum comentário:

Postar um comentário