quarta-feira, 14 de março de 2012

Física nossa de cada dia: “Enxerga-se melhor no escuro”



A poluição luminosa é um dos atuais desafios enfrentados pelos astrônomos contemporâneos, tanto profissionais quanto amadores. A intensa iluminação noturna dificulta, torna reduzida a visualização do céu nos centros urbanos, devido à má implementação de iluminação pública.


Figura 1: Disposição da iluminação que poluí a visualização do céu noturno.

Há um século, os observatórios de pesquisa podiam ser instalados em quase todo lugar, até mesmo nos subúrbios das cidades maiores, e ainda assim desfrutavam do céu escuro para tirar informações do cosmo. Como o Observatório Nacional localizado no morro de São Genuário, no bairro de São Cristóvão, a poucos quilômetros do centro do Rio. Uma das grandes descobertas astronômicas – a expansão do universo – foi realizada no Mount Wilson Observatory, que fica a menos de 40 km do centro de Los Angeles. Lá Edwin Hubble determinou as distâncias de numerosas galáxias, concluindo que elas estão muito além da Via Láctea e se afastando cada vez mais. Essas, e outras observações, estando muito perto de Hollywood da década de 1920. Embora ainda haja muitos observatórios perto de cidades como Londres, Paris e Rio, sua utilidade científica foi grandemente reduzida por causa da névoa urbana (poluição luminosa).



Figura 2: Da esquerda para a direita. Observatório Nacional do Rio de janeiro e Observatório de Paris.

Poluição luminosa é o excesso de luminosidade noturna, e que muitas vezes é um desperdício, emitido nos centros urbanos. Pode ser emitida de diversas formas como em out-doors, shoppings e iluminação de edifícios, mas a principal preocupação é com a iluminação pública. Contudo, o problema não está na iluminação ou intensidade dela, e sim na forma que ela está emitida. Para que a iluminação seja suficiente, a luz deve vir do topo e dirigir-se única e exclusivamente para baixo, ou seja, para as ruas, onde as pessoas e o trânsito circulam. Essa função se dá ao candeeiro, uma fôrma elíptica de metal, em que se coloca a lâmpada e o vidro de proteção. Observe abaixo o modelo ideal para iluminação viária.


Figura 3: Modelos de candeeiros de postes, para iluminação pública.

Na figura abaixo, mostra a disposição da iluminação ideal ao longo de uma via, para uma melhor eficácia. Desta forma, a estrada fica bem iluminada e o céu muito menos poluído. 



Figura 4: Disposição ideal da iluminação pública permitindo uma significante redução da poluição luminosa.



Referências:
Halpern, Paul. "Os Simpsons e a Ciência: O que eles podem nos ensinar sobre Física, Robótica, Vida e Universo. p.156. Ed. Novo conceito. 2008
www.astronomoamador.net/2011/poluicao-luminosa - Portugal
http://oglobo.globo.com/ciencia/iluminacao-das-cidades-impede-visao-de-estrelas-afeta-saude-do-ser-humano-2946949

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