Vamos
falar um pouco sobre as tempestades solares, que repercutiram nos noticiários nos
últimos meses e estiveram preocupando os sistemas de comunicação terrestre,
assim como foi focalizando a atenção dos astrônomos de plantão para o nosso
astro-rei.
Em
síntese, o Sol é um a estrela composta basicamente de gás (em sua maioria de
hidrogênio e hélio), que se localiza no centro do sistema solar, onde, todos os
outros corpos celestes (de planetas a asteroides passando por satélites) do
sistema transladam ao seu redor. Em seu interior, ocorre uma intensa atividade
nuclear, chamada de fusão termonuclear.
Esse processo é, basicamente, fundir núcleos de átomos leves para produzir
núcleos mais pesados, com isso, parte da massa é convertida em energia, segundo
a equação de massa-energia E= mc² de Albert
Einstein. Desta reação provém toda a gama energética do Sol.
O Sol é composto de várias camadas, foquemos na
camada superior, a coroa solar. Ela é um invólucro luminoso formado por um
plasma (com um gás super energizado) de elevada temperatura. Desta camada
provêm o vento solar, que é um fluxo contínuo de partículas carregadas que
influem no clima terrestre.
Fig.1.1-
ilustração da estrutura solar. Fig 1.2- E
imagem da superfície solar
Já
a Terra possui um escudo magnético que a protege destes choques energéticos.
Esse escudo chama-se Cinturões de Van
Allen (não confunda com a banda de rock americana Van Halen – mas essa banda é maneira! - pow cala-a-boca e continue
o texto. É verdade!). Esse formado pelas linhas de indução magnética terrestre
que vai de polo a polo, curvando-se sobre si. E devido à curvatura das linhas
de indução nos polos, nessas regiões formam-se “funis” de entrada de
partículas, onde, ao deslizarem em massa para dentro destes funis (deflexão),
produzem as auroras boreais.
Fig. 1.3: À esquerda,
ilustração dos Cinturões de Van Allen;
à direita, aurora boreal.
Então qual é a aflição?
No
momento em quem ocorrem as explosões na superfície do sol, aumenta a emissão de
radiação e a densidade de particulados carregados, propiciando tempestades
magnéticas. Essas tempestades causam na Terra interferências eletromagnéticas
podendo causar diferentes danos elétricos, como ondas de descarga elétrica nos cabos de transmissão de força,
causando: curtos-circuitos, queima de equipamentos, panes em sistemas elétricos
e redes de distribuição de energia, prejudicando circuitos integrados, computadores de bordo, satélites, foguetes, etc.
De olho nos céus, e até a próxima