quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A química do amor


Ahhhh o amor!
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Ao contrário do que se pensa, o responsável por esse sentimento não é o coração! O cérebro é o principal agente desse conjunto de sensações que sentimos quando estamos amando.

Segundo a terapeuta sexual Laura Berman “A maior questão da atração é a sobrevivência da espécie”,  a partir daí a testosterona presente tanto nos homens quanto nas mulheres é que da o impulso para se chegar em alguém interessante.  

Depois a paixão avassaladora toma conta da gente, nos causando sensações viciantes por causa de alguns neurotransmissores. Entre eles estão a feniletilamina, dopamina, endorfina e ocitocina.

Mas como os neurotransmissores se comportam quando estamos amando, o que nos causam, porque ficamos com a sensação "borboletas na barriga", coração acelerado, desligados do mundo?

A feniletilamina é um estimulante e antidepressivo, sua produção no cérebro pode ser originada por acontecimentos muito simples, como uma simples troca de olhar e um aperto de mãos. 




A dopamina, sintetizada no hipotálamo e segregada nas sinapses dos neurônios, promove a sensação de prazer e motivação, quando ativada pode causar efeitos como euforia, insonia, pensamento obsessivo dentre outros. É ela a substância responsável pela  intensidade da paixão, também está relacionada com a endorfina, que nos da a sensação de bem estar e prazer, de que estamos vivendo um conto de fadas.

Endorfina




Entretanto, segundo Cindy Hazan, os seres humanos estão programados biologicamente para se sentirem apaixonados de 18 a 30 meses, isso foi concluído depois de uma pesquisa com 5 mil pessoas de culturas diferentes.

A paixão sempre acaba e o sentimento se solidifica, ou não. Isso pode explicar o fato de que depois de algum tempo de relacionamento, algumas pessoas acham que não amam mais por começarem a enxergar defeitos no parceiro(a) que antes não eram notados por conta do efeito "anestésico" dos neurotransmissores do amor, que faz com que os apaixonados fiquem cegos para qualquer coisa que não seja o amado. 

Na verdade, esse fim da paixão avassaladora é bom, pois esses neurotransmissores tem efeito parecido com o de drogas ilícitas. O mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. Pode até causar sintomas de abstinência, quando os amados estão longe um do outro. Sendo assim, o organismo cria uma certa resistência para essas substâncias da paixão que é justamente o fruto de um relacionamento saudável, pois não há organismo que resista a essa montanha russa eternamente. 

Mas o que faz um relacionamento ser duradouro? O comprometimento tem uma relação direta com a ocitocina, que é conhecida popularmente como hormônio do amor. Ela é uma proteína produzida no hipotálamo sendo responsável por sensações agradáveis nas pessoas, pela preferência sexual, pela formação de vinculo, pelo aumento do comportamento protetor, dentre outros. Tem também papel fundamental na reprodução, pois auxilia no ato da fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A vasopressina é produzida para garantir a fidelidade entre os parceiros. Há estudos que apontam o uso de bebidas alcoólicas como efeito inibidor dessa substância no organismo, podendo causar assim um maior número de infidelidade.

Vasopressina

Ocitocina

Apesar de todos esses estudos, o cérebro é muito flexível. E o número de combinações de fatores que produzem o comportamento humano é tão avassalador que as pessoas se tornam muito imprevisíveis. Sendo assim, algumas pessoas podem não sair do efeito viciante da paixão ou simplesmente nunca se apaixonarem. Entretanto, isso inclui diversos fatores muito complexos, impedindo que possamos afirmar que esses efeitos  aconteçam sempre a todas as pessoas. 

E aí, prontos para manterem uma relação duradoura e fiel? 

Fontes: 

[1] http://super.abril.com.br/ciencia/amor-laboratorio-444169.shtml
[2] http://super.abril.com.br/cotidiano/quimica-paixao-446309.shtml
[3] http://super.abril.com.br/ciencia/par-perfeito-447841.shtml
[4] http://pensamentosdasil.blogspot.com.br/2011/07/neurocientista-explica-por-que-o-amor-e.html
[5] http://www1.folha.uol.com.br/revista/rf1106200616.htm
[6] http://www.ciencia20.up.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=75
[7] http://hypescience.com/atracao-sexual/
[8] http://sombradarealidade.blogspot.com.br/2006/04/neurotransmissores-e-paixo.html
[9] http://insubordinados.blogspot.com.br/2012/06/cerebro-e-coracao-uma-questao-de.html
[10] http://www.todateoria.com.br/old/os-hormonios-do-amor/
[11] http://pt.wikipedia.org/wiki/Vasopressina
[12] http://taemchoque.wordpress.com/2012/02/21/ocitocina-x-testosterona/